NO TEAR CHAMADO UNIVERSO NÃO EXISTEM PONTAS SOLTAS...

Minha foto
"E se você dormisse? E se você sonhasse? E se em seu sonho você fosse ao paraíso e lá colhesse uma bela e estranha flor? E se ao acordar você tivesse essa flor entre as mãos? Ah, e então?"

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

O RICO QUE DOOU SUAS OVELHAS E A MORAL DOS BENEFICIADOS

Um homem muito rico tinha numerosas ovelhas.
Estava com grave doença, quando então, se lembrou dos pobres que sempre lhe pediram auxílio.
Eram muitos, e nessa hora, quis de alguma forma atender a todos.
Espalhou então no vilarejo o boato de que distribuiria seu rebanho entre os pobres, e não tardou a ter longa fila pra receber o presente.
Havia certo tumulto, mas de um modo geral, tudo corria tranquilamente.
Eram tantos pobres e tantas ovelhas que o processo durou muito tempo...
Cada pessoa recebia uma ovelha como presente. Era pouco, mas a quantia de pedintes era enorme e o velho dono queria dar algo a todos, ainda que pouco. Até gente de fora do vilarejo vinha receber...

Um homem experiente e prudente se deu conta de que poderia entrar na fila mais de uma vez e receber assim mais de uma ovelha. Decidiu então fazer isso e acumular a quantidade que pudesse, para assim formar seu pequeno rebanho ou apenas ter um pouco mais do que o suficiente, já que o que era oferecido não dava pra praticamente nada.

Um outro, atento e esperto, sabendo da “generosidade” do tal senhor, foi conferir. Vestiu-se como mendigo e também pegou “sua parte”, sendo que, ele próprio já tinha suas ovelhas, embora guardadas nas terras de um irmão...

E um outro mais jovem e festeiro, que também se deu conta rapidamente que não havia um controle na fila, resolveu entrar na fila mais de uma vez, mas não para acumular seu pequeno rebanho, mas para apenas vender a ovelha que pegasse e assim poder fazer o que achasse melhor com o dinheiro. Bastando apenas voltar à fila novamente pra repetir esse ato pra repor as quantias, já que aparentava que o processo de distribuição ainda levaria muito tempo.

Qual a diferença moral entre os três homens?

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

AUMENTO DE SALÁRIO DE POLÍTICOS

Mais de 60% de aumento! Realmente revoltante.
E pensar que inicialmente seriam mais de 90%, mas como são sensatos e pensam no país, deixaram por pouco mais de 60% mesmo.
Isso deveria ser motivo suficiente para uma rebelião!
Será que ninguém percebe que estamos sendo sugados?
São milhares deles... esses monstros, vampiros, seres malditos que fazem desse país grandioso algo pequeno e cheio de problemas, como a Educação, a Saúde, a Segurança, etc.
Problemas que poderiam ser resolvidos com os bilhões que vão para o sustento dos privilégios incontáveis desses seres repulsivos e totalmente inúteis.
Não tenho dúvidas de que nos presídios temos pessoas melhores do que num congresso que se dá um aumento desse tipo num país como o nosso, cheio de coisas por fazer, como os exemplos padrão mencionados acima.
Acredito que seja possível, da forma correta, reabilitar um preso, mas esses seres que usam o Estado para si, aposto qualquer coisa que são casos perdidos, gente da pior espécie do mundo, não acho um adjetivo para expressar o quanto são desprezíveis.
Lembrem que essas mesmas criaturas lamentam, resistem, relutam de todas as formas a dar míseros aumentos aos professores e policiais, ao salário mínimo, enfim...
Esse aumento dos políticos é uma tremenda canalice... isso é pior do que mensalão, é pior do que corrupção! Pois é roubo legalizado, “tudo nos conformes”!
E ainda há quem acredite em honestidade nesse meio!
Onde há Honestidade há Honra... e um honrado jamais compactuaria com tamanha sugação do seu povo, exploração àqueles que ele representa e confiaram nele, pois isso seria Traição, e Traição e Honra não coexistem.
Não, certamente um honesto e honrado seria percebido no meio de tantos canalhas, como uma branca ovelha seria notada entre uma escura alcateia.
Simplesmente não há como uma ovelha escolher para o jantar a mesma opção dos lobos. Isso deveria ser óbvio!

sábado, 27 de novembro de 2010

VENDER GELO A ESQUIMÓ


Nas relações de vendas, negociações em geral, Honra e Honestidade são substituídas pela virtude da atualidade Capitalista: a Esperteza.
Assim, sempre se busca conseguir o máximo pelo mínimo em troca, e com o máximo de vantagens agregadas com o mínimo de vantagens dadas.

Não há necessariamente nada demais nessa visão do máximo pelo mínimo, se não fosse pelo fato de que esse mínimo normalmente implica que alguma parte saiu perdendo, saiu lesada. Isso não deveria acontecer em relações justas.

Se algo vale 100, comprar por 10 é maravilhoso pra quem compra, e péssimo pra quem vende. Mas, supondo que o vendedor venda por 75 sem prejuízos, apenas com lucro não exorbitante como acontece, isso já seria vantajoso para ambos.
O que compra economiza, e o que vende não deixa de ter ganhos. Essa é uma situação simples, há várias muito complexas...

As atitudes movidas pela Esperteza visam lucrar, mesmo que em prejuízo de outro (sendo esta a consequência quase certa). Seja por ser uma mercadoria que vale menos do que o vendedor se esmerou em fazer acreditar que valia, seja por não ser exatamente o que tal comprador precisava ou queria.
Um vendedor deveria usar suas habilidades para vender de forma honesta, pois o mercado da venda é vastíssimo, não se precisa vender “gelo a um esquimó”, há muitos “compradores no deserto”...

Quem se gaba de “vender gelo para esquimó”, é um mal profissional, pois visa a vantagem imediata, não levando em mínima consideração seu cliente, e mesmo o enganando, pois na certa, ele foi levado a pensar que precisava de gelo, ou que aquela mercadoria era boa para ele por algum tipo de razão mentirosa, e envolvido na motivação gerada no momento, a comprou.

O vendedor se enaltece por ter conseguido tal proeza, afinal, nada mais inútil poderia ter vendido a um esquimó. Então, sobre a desvantagem do outro, ele festeja seu talento e comemora seu lucro.
Péssima mentalidade essa, que ainda não encontrei diferente nesse mundo dos negócios, que infelizmente, é referencial para as pessoas hoje em dia.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O VOTO É UM ATO IRRACIONAL

A emoção, o julgamento unilateral, o peso de duas medidas, a contradição e a burrice. Essas são as características que fundamentam o voto.
E quanto à razão?

Analise, e verá. Note! Colha os dados, não os aceite simplesmente, mas os compare. Avalie sem sentimentos de “pró” ou “contra”. Se conseguir isso, então saberá que ninguém vota com a razão.

Recebo há anos e-mails falando mal dos governos. Gosto de ler e guardar! Impressiona como são usados muitas vezes trocando-se apenas o nome do governante ou candidato ou partido. Impressiona a fé cega com que os opositores da vítima do boato (ou fato) acreditam no que está escrito com facilidade inversamente proporcional à que duvidam do que dizem os boatos (ou fatos) quando se referem ao seu candidato ou partido. Como é que pode? Será mesmo que ninguém pára e pensa? Mas pensa mesmo!

Eu acho que ainda não vi um voto racional! E o busco por todos os lados. (Não considerando brancos e nulos). O mais próximo disso que encontrei foram argumentos unilaterais, que visam apenas à confirmação de uma opinião já pronta, e não passível da mesma prova de fogo que as opiniões sobre o lado oposto.

A esquerda acha aceitável tudo que antes era criticável. O que antes era condenável, agora é permitido, e mesmo necessário. Coisas simples assim, a direita não usou em sua campanha, preferiu uma sucessão de erros da mesma tática, por sinal infantil e imbecil.

O partido até usou mais isso no segundo turno, mas creio que seus eleitores foram o maior empecilho para a vitória. Afinal, é por demais desagradável a forma cega e contraditória com que os eleitores de direita fazem campanha. Por exemplo, fazem críticas aos montes ao bolsa-família, e pregam como única possibilidade de voto o cara que diz que irá ampliá-lo, criar o 13º dele e que ainda diz ter participado de sua criação no governo anterior.

Não é uma burrice formidável votar em alguém que diz tudo isso de algo que criticamos aos montes em e-mails e discursos? É de rir, digo, de chorar... e se consideram tão inteligentes.

E ainda as críticas vêm sempre acompanhadas com a frase clichê de que “o povo é burro”. Aliás, o que mais eu escuto é que o povo é burro... e sempre é por que estão com intenção de votar no lado diferente de quem comenta. Se em seu estado ganhou a direita ou a esquerda não importa, isso aconteceu porque o povo é burro! Que interessante! Quem não vota em quem eu voto é burro! É justo! E muito racional! (risos, digo, lágrimas).

Claro que os dois lados têm um pouco de cada um dos atributos mencionados no título.
Há claramente no voto da direita uma emotividade muito forte: raiva... manifesta no “antipetismo”.
A maioria dos eleitores da direita não vota por uma razão clara da qual seja capaz de defender, é apenas antipetista. Um argumento bem burro para se votar: raiva inquestionada.

Os eleitores do PT nem avaliam votar na direita, o que também é burrice, e um comportamento muito emotivo, uma espécie de fidelidade a um ideal que até já se perdeu. Não levam em conta as contradições exageradas que o partido tem, nem cogitam haver coisas boas do outro lado. Na verdade isso ambos fazem. (A direita olha para esquerda com preconceito e desconhecimento lastimáveis). 

O governo do PT podemos dizer que está bom. (Alguém, cheio de unilateralismo dirá: e o mensalão, etc?!) Falemos do conjunto, meu amigo! Queiram ou não, o governo do Lula está bom, e se houve ou não razões dos outros governos para isso (novo paradigma (questionável) da direita), não muda em nada esse fato. Mas a burrice insiste em pensar que tudo é resultado de um passado maravilhoso... ou seria a emoção, a raiva inquestionada?

Bem, essa seria uma discussão longa... que eu, também por burrice, já insisti diversas vezes, com pessoas de todos os níveis culturais. O resultado é normalmente o mesmo: cada um defendendo a sua idéia (pronta) de melhor, sem o menor questionamento ou suposição de estar errado.

Não há dúvidas de que há muitos lendo isso dizendo que sou petista, e isso só porque tenho a capacidade de autocrítica, coisa que não se vê nos eleitores de direita. Logo, se você faz críticas, é por que é do outro lado. Ó, mas que injusto eu fui. Os eleitores de esquerda são iguaizinhos nesse ponto. É verdade! Quanto mais se compara, mais semelhanças são percebidas. Se acham tão diferentes, mas pensam exatamente iguais. Não acreditam em coisas iguais, mas a forma de pensar e avaliar é igual, estruturam seus pensamentos e pontos de vista sobre um único lado de uma moeda. “Um vê cara, e outro vê coroa”, e um acha que o outro é burro quando diz o que vê... essa é sempre a melhor parte, digo, a pior parte!

É difícil dizer quem é mais burro, quem é mais emotivo, com julgamentos mais contraditórios e mais adepto do um peso e duas medidas, mas acredito que a esquerda vem ganhado nesse último quesito, e creio que a direita ganha em burrice, até pelo exemplo que dei acima, em que citei os e-mails e discursos contra o bolsa-família, cujo candidato que defendem, ajudou a criar e ainda pretende ampliá-lo.
É como ser um fervoroso antitabagista que usa uma camiseta fazendo propaganda de cigarro, ou de empresa do ramo. Como insistem tanto nessa contradição absurda, já passa a ser uma questão de não pensar e avaliar as próprias opiniões e convicções.

E temos um dado novo para enfatizar a burrice da direita, que é o fato de que mesmo sem os votos dos discriminados Norte e Nordeste, seu candidato teria perdido. Esse dado deveria calar a boca de todos aqueles “inteligentes”, que adoram justificar a derrota de seu candidato devido à ignorância do povo dessas regiões, que afirmam ser todo comprado com bolsa-família, para garantir a vitória da situação.

Mas lhes digo, que esse é um motivo bem mais racional para se votar em alguém, do que ser apenas “antialguém”, que é um motivo meramente emocional, ensinado, totalmente ausente de questionamento, base de uma opinião real e consciente; por esse detalhe o voto da direita é visivelmente menos racional e, portanto, o mais burro.

O ponto que quero mostrar é que o ditado que diz que “futebol e política não se discutem”, infelizmente está certo, pois, apesar de serem assuntos muito diferentes, e política ser muito mais importante e essencial que tivéssemos capacidade de criar e alterar as próprias opiniões, agimos exatamente como torcedores de um time.

Conseguem notar isso? Não importa que o time A ganhe todos os títulos, o meu time é o meu time, e não se muda de torcida; tampouco se muda o tom das críticas à sorte do time campeão, e muito menos das ajudas dos juízes, e da extirpe de sua torcida, etc.

Se houvesse racionalidade em questão, certamente se trocaria de time quando este estivesse muito mal, nunca tivesse ganhado, fosse da segunda divisão, etc, por um que é supercampeão, vencedor, estivesse em alta, etc.

Percebem a semelhança disso com as opiniões políticas? As bases que fundamentam essas opiniões se equivalem a essas dos times. É absurdo, mas é o que acontece quando há embates sobre o assunto.

A emoção logo aflora, e a razão que todos acreditam ter se mostra cega para o outro, e os argumentos são apenas para si mesmo se convencer de que está correto no caminho escolhido. (Aliás, este foi um dos maiores fracassos da campanha da direita... uma campanha feita para seus próprios eleitores), outra prova de burrice.

Eu lembro que a cada e-mail idiota que eu recebia, eu pensava: “quanta incompetência, isso vai fortalecer o governo atual, o Lula, principalmente”. E era isso mesmo que acontecia, e os “inteligentes”, continuavam, mudavam o teor dos e-mails, mas mantinham a tática. Pior é que ficavam se perguntando como não dava certo! (risos, digo, lágrimas). Por que não falavam dos próprios méritos?

Há exemplos aos montes. Não creio que seja tão necessário, pois se pegou o fio da meada, certamente já pôde adaptar os próprios exemplos, que sei que também tem vários, e se não pegou o fio da meada, seria uma perda de tempo dar mais exemplos.

Concluo dizendo que o que temos, são torcedores, seres totalmente emocionais, que torcem a um determinado time (partido), que quase 100% das vezes coincidirá com a torcida dos pais, ou do seu meio mais influente de convívio.

Não temos eleitores, seres que deveriam ser racionais e fazer escolhas objetivas e muito criteriosas, capazes de criar a alterar as próprias opiniões.

Muitos não torceriam para o time que torcem se essa fosse uma escolha da fase adulta, e não passada por alguém na infância. Nas opiniões políticas, temos também esse processo, que vem de casa, trabalho, estudos.

Sabemos de pessoas que ao estar em contato com determinados grupos, mudaram de opinião política, mas isso, infelizmente, não quer dizer que foi uma escolha racional, por que as bases dessa nova opinião não mudaram, como mostram as atitudes e forma de avaliar dessas pessoas; apenas se trocou de lado, por influência do novo meio.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

SOBRE A DISCRIMINAÇÃO (PEQUENO DEBATE)

O peso da Discriminação é muito grande, inimaginável para as mentes menos perspicazes. Não deve haver psicólogo no mundo que não assine embaixo tal afirmação. No entanto, o mundo não é feito de psicólogos, mas de leigos no que se refere à alma humana, à sua própria e tampouco a de outro. Bem sabemos, da dificuldade de encontrarmos uma raríssima pessoa capaz de mesmo em situações corriqueiras (o que não é o caso aqui) de se colocar no lugar do outro.

Essas incapacidades citadas são as bases da falta de senso daqueles que possuem o preconceito, ou que julgam que o preconceito é uma “constatação” sobre um fato, por exemplo, ao afirmar que os negros têm propensão ao crime, a partir da estatística de que há muitos negros na criminalidade.

Vamos a uma historinha:

Havia cinco aves. Uma Garça, um Canário, um Uirapuru, um Beija-flor, um Corvo.
Todas muito jovens conviviam harmoniosamente. Um dia, enquanto brincavam, o Canário caiu em um pântano ficando todo submerso. As outras quatro se assustaram, pois o Canário sumiu no lodo.
Alguns segundos depois, ele emerge, são e salvo. Então, todas manifestam sua alegria, mas os risos são diferentes dessa vez. Uma das outras quatro, faz a ingênua brincadeira de dizer ter se confundido com o Corvo. E quando diz isso, todas riem ainda mais ao comparar o estado em que estava o Canário com o estado natural do Corvo. Todas riem e apontam para as duas e isso passa a ser o motivo de piadas do momento. “É um corvinho!”, diziam todas!
Claro que a Corvo não achou tão divertido quanto as demais, mas não deu tanta importância. No entanto, as brincadeiras nunca cessavam, e eram sempre referentes à cor do Corvo e não mais vinculadas ao acontecimento no pântano, a qualquer coisa que tivesse a cor escura, por mais repulsiva que fosse a coisa referida.

Nessas horas, sempre se recordava o episódio do pântano já imaginando outras possíveis situações. Coisas como: “Olhem isso!”, “Olhem aquilo!”, “É da cor do Corvo!”, “Se alguém cair aqui fica igualzinho ao Corvo!”, “Achei que era o Corvo que vinha vindo, mas era o Canário que estava muito sujo!”.
Situações assim surgiam, incessantemente, acompanhadas de muitos risos, de modo que, não tardou a haver revides e conseqüentemente hostilidades entre as quatro e o Corvo, que acabou por ser excluído e mesmo se excluir do grupo das brincadeiras, (sem perceberem) o Corvo passou a ser visto sempre como não merecedor, indigno, e logo inferior, e por isso, não tinha por que participar das rotinas das demais e nem ser tratado como parte do grupo.
Mesmo quando tentava as aproximações, era rechaçado com piadas cada vez mais hostis. Na verdade, nem eram mais piadas; passaram a ser a forma de ver e pensar das outras aves, e, portanto, a ser a forma de agir delas em relação ao Corvo.
O Corvo teve assim, durante muitos e muitos séculos seu Orgulho ferido, sua alma humilhada. As conseqüências disso foram que se gerou entre muitas coisas, dor, ressentimento, raiva, autopiedade e baixa auto-estima no Corvo. Conseqüência absolutamente compreensível e natural, resultado óbvio!

O ressentimento e o sentimento imposto de inferioridade podem se impregnar na mente de qualquer ser da terra. Se isso pode ser feito em pouco tempo a qualquer vida, imagine o impacto disso em uma geração inteira. É tão nítido, mas tão ininteligível à maioria esmagadora, tão invisível aos olhos de pretensos visionários.

Porém, isso que citei se deve à outra parte da história das aves, que consiste no fato de que um dia, uma das outras aves se compadeceu do Corvo. Por alguma razão ela percebeu aquela bestialidade, e no uso da autoridade que tinha proibiu tais “piadas”, citações pejorativas, ofensas, agressões, exclusão, etc.

As outras aves não gostaram nada disso. Porém, temendo as punições impostas, passaram a evitar certos comportamentos, mas não deixaram de pensar e agir (em determinadas circunstâncias) daquele modo enraizado em suas mentes. Afinal, como pensamos agimos.

O Corvo até se sentiu mais feliz com aquelas medidas, um pouco de sua subjugada Dignidade de Ave foi aparentemente resgatada com aquilo, mas não tardou a perceber que, na verdade, as coisas não tinham mudado apenas por que houve proibições.

Sendo “aceita” e não mais expulsa diretamente dos grupos, agora era vítima de olhares e insinuações muito sutis. Sentia os pensamentos que se manifestavam nos olhos das outras aves. Eram os mesmos de antes, com bem mais Discrição.
Recebia os piores papéis nas brincadeiras, as piores tarefas nos trabalhos. E nos lazeres estava sozinha.
Seu desempenho era sempre subestimado e depreciado.
Enfim, o preconceito estava ali, escancarado, mas mascarado. As emoções resultantes dele no Corvo, por conseguinte, não deixaram de existir também, é claro.

Ter o Orgulho esmagado é uma das conseqüências mais arrasadoras na Vida de um ser, e lutar por Dignidade e Respeito é algo que se faz mesmo involuntariamente, até quando já se desacredita no próprio merecimento...
Algumas vezes na tentativa de defender seu Orgulho subjugado, o Corvo reagia às ofensas. (O problema era quando a emoção que movia a reação era o Ressentimento ou Raiva, aqueles de gerações de subjugo, exclusão, etc.). Mas, falando apenas da tentativa não movida pelo forte Ressentimento ou Raiva, mas de apenas agressões verbais ou referências pejorativas, houve casos em que o Corvo, sendo chamado pelo Uirapuru de “cara de lodo sujo”, revidou com “cara de tomate podre”. Infelizmente, o Corvo teve que ouvir toda sorte de outras ofensas que teriam dado longas punições para o Uirapuru, que reagiu fortemente por ter se sentido ultrajado por aquela ave inferior. Não podia deixar assim.

O pior disso, é que falavam entre si que o Corvo devia ser punido quando também fizesse referências às cores das demais. Achavam uma tremenda injustiça não poder dizer ao Corvo algo como: “preta suja” e ele poder dizer algo como: “branco doente”.

Eis o ponto chave. Aquele que os menos atentos não conseguem por si só se darem conta (e talvez nem com ajuda). O ponto que se propõe esse texto.

A palavra “branco” no exemplo acima, não vem carregada de significados impostos por gerações de maus usos, nem por sociedades ou culturas preconceituosas. Ou seja, a palavra “branco” não tem o sentido subliminar de insulto ou ofensa, que passou a ser inerente à palavra “preta” com o passar de tantos séculos de seu uso impregnado de Discriminação de todos os tipos.

Lembrando o quão recente se fez o processo de proibições de tais comportamentos referentes à palavra “preta”, e informando que qualquer processo histórico se dá depois de séculos, e não depois de assinado um termo.

Isso quer dizer que em termos históricos, o período de liberdade dos negros da escravidão é ínfimo. Sendo que, aquelas seqüelas psicológicas e culturais não se desfizeram jamais com a assinatura da Lei Áurea, e nem poderiam, pois, como já citado, um processo se fez no decorrer dos séculos em que foram subjugados. Outro processo tem que acontecer para que os efeitos penosos e potentíssimos sejam superados. Estamos no início do processo. Apenas no início.

O desconhecimento da noção de como se dá um processo histórico aliado à falta de tato e conhecimento em relação à alma humana, a incapacidade de se colocar no lugar do outro (mesmo nas mais simples situações, o que não é o caso) são as causas evidentes dos preconceitos e do “sentimento” de injustiça manifestado pelas outras aves ao serem referidas suas cores em um insulto pela preta.

A Discriminação tem, portanto, o caráter ativo e passivo. Sendo que aqui não se trata de passivo aquele que a sofre e ativo o que a comete, mas sim de formas e tipos de Discriminação.
A Discriminação ativa é aquela que pode ser “controlada” e que qualquer um, mesmo sem muita tenacidade pode perceber e identificar.
A Discriminação passiva é a pior, pois é aquela que paira no ar dos séculos... que está enraizada nos nossos âmagos e se manifesta de maneira sutil na nossa cultura, na nossa vida, na nossa família, na nossa religião, nos nossos lazeres, em toda parte.
É aquela que vinculou o sentido da palavra negro a tantos conceitos pejorativos e depreciativos, fazendo de seu uso ofensivo um ato de manifestação de Discriminação que não se justificaria na palavra branco, que em contrapartida na nossa história e cultura se auto-impuseram os equivalentes contrários, tais como: pureza, beleza (valores estéticos do ocidente), superioridade, etc.

Qualquer pessoa desejosa de formar uma opinião mais consistente sobre o assunto, deveria procurar um profissional da História e procurar saber mais sobre como se dá um processo histórico.
Deveria investigar junto a profissionais da Psicologia sobre o comportamento humano e suas reações internas e externas a determinadas situações como a da Discriminação, bem como seus efeitos a curto, a médio, a longo e a longuíssimos prazos (como no caso em questão).
Deveria procurar um profissional da Antropologia e procurar saber mais sobre a formação de certos conceitos e preconceitos culturais.
Deveria também procurar um profissional das Letras (Filologia) e saber mais sobre os efeitos vinculados (e mesmo modificados) que uma palavra passa a ter com o passar do tempo devido a culturas, sociedades, comportamentos, usos, etc. e os efeitos disso sobre tal palavra e situações em que é usada.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

TIRIRICA E A INDIGNAÇÃO; OU É INDIGNIDADE?

É incrível como a eleição do Tiririca causa tanto espanto e revolta nas pessoas. Vejo gente de todas as classes sociais e intelectuais com sentimento de revolta em relação ao assunto. Embora entenda o que dizem, não entendo, como isso pode incomodar mais do que alguns “fichas-suja” terem recebido, também, numerosos votos.
Como é possível que não mostrem toda essa indignação diante desses casos? E diante dos casos daqueles que estão há décadas no poder, sugando o Estado (nós), sem dar nada em troca? Muitos já tiveram tempo de sobra para fazer muitíssimo pela Saúde, Educação, Segurança... mas nada acontece, e as promessas se repetem a cada eleição.
Então aparece um palhaço muito votado, e o caso vira sinônimo de burrice e motivo de furor.
Será mesmo que um discurso bem falado, (mesmo que lido na hora, ou ensaiado aos montes) e um terno e gravata são suficientes para impressionar eleitores? Se tiver determinada formação então... Realmente bastam essas coisas para que o voto nessa pessoa não seja considerado motivo de mesma ou maior indignação do que os votos de um Tiririca?
Quem garante que tal palhaço não possa ter idéias boas para o povo do qual ele faz parte, e que os políticos de terno e gravata, antigos no poder, simplesmente não se importam? Se ele é incapaz para o cargo, também deveria o ser para escolher alguém para assumi-lo.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

CÓDIGO DE DEFESA DO ELEITOR - URGENTE

Propaganda enganosa merece punição, mas por que na política não???

Se uma empresa vai a TV, oferece determinado serviço, e depois se verifica que era propaganda enganosa, tal empresa é processada e tem que pagar indenizações a quem contratou o serviço.

Felizmente, as empresas são obrigadas cada vez mais a falarem a verdade sobre seus serviços e produtos, ou repor ou indenizar os danos que causam por vender uma coisa, dizendo que é outra, dizendo que tal produto faz uma coisa, mas faz outra, ou mesmo induzindo o cliente a pensar que o produto faz algo que ele não faz.

Há multas, há indenizações, há danos à imagem e confiabilidade da empresa.
E há concorrentes trabalhando bem o suficiente para tomar os clientes desapontados e enganados.

Já pensaram como seria bom, se com a política fosse igual?

Que maravilha seria, se as promessas de campanha tivessem que ser cumpridas, sob pena de rescisão de contrato, multas e indenizações.

Se existisse algo parecido com isso, os políticos mentiriam bem menos, e suas promessas seriam bem mais cuidadosas, pois teriam que cumpri-las, ou seriam tirados do cargo, deixando a vaga para o concorrente.

Que maravilha!!!
Não seria preciso esperar mais 4 anos remoendo nosso erro!

Também haveria menos boicotes às propostas um do outro, e se obrigariam a trabalhar em equipe, para o bem da Sociedade e do Estado (como manda a teoria), pois seria uma questão de sobrevivência no cargo que tanto querem...

Teriam que ao invés de boicotar, combinar a ordem em que iriam aprovar as idéias e promessas que cada um fez para se eleger.

Teríamos propostas de verdade, e não promessas vazias!

Poderíamos selecionar os que têm os melhores projetos para Educação, para Saúde, para Segurança, e para cada setor individualmente, já que muitos representantes são escolhidos a cada eleição.

Não cumpriu? Indeniza o cliente... nós... o Estado!
E fica com o “filme queimado”.
E entra o suplente, já sabendo o que lhe espera se agir da mesma forma.

Não seria preciso descobrir e provar imoralidades para nos livrarmos desses políticos...
Bastaria não ser o que nos “venderam” na época das eleições...
Bastaria o fato de nos ludibriarem dizendo tudo que queríamos ouvir, nos iludindo com promessas maravilhosas, e na hora de cumprir, não cumprirem!

Se uma empresa fizesse na TV o que faz um político... ai dela! E olha que o dano causado pela propaganda enganosa do político é imensamente maior do que o dano causado por um produto que não é tudo o que nos fizeram pensar que era.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

SEMPRE AS MESMAS PROMESSAS

Toda eleição é sempre a mesma coisa!

As mesmas promessas são feitas, as mesmas promessas não são cumpridas.

Todos dizem que teremos melhor Educação, melhor Saúde, mais Segurança, mais isso, mais aquilo. Sempre a mesma história.

E parece que dá certo, pois essas pessoas conseguem se reeleger.

Se cada homem que já assumiu o poder, tivesse se comprometido apenas a não nos trair, já teríamos melhor Educação, melhor Saúde, mais Segurança e todo o resto.

Seria o resultado óbvio por honrar àqueles que votaram nele.

Representar as pessoas é uma HONRA gigantesca, e esses políticos simplesmente NÃO valorizam isso! 
Eles não merecem essa HONRA!

Por isso: Renovação já! Renovação é a Solução!

Eu não sou político, e não vou agir como um.
Quero LUTAR com todas as FORÇAS do corpo e da ALMA pelo BEM do Estado, e não por grupos ou classes.

Se o Estado ganhar, TODOS GANHAREMOS!

Minha única promessa é a de NÃO ser um traidor!  Pois é isso que são os políticos, verdadeiros traidores!

Entregarei minha ALMA e meu CORAÇÃO na missão de representar as pessoas desse Estado, para que nós sejamos o EXEMPLO que queremos que o Brasil siga.

Eu quero SER EXEMPLO, eu quero DAR EXEMPLO! Quero acabar com as “farras” que acontecem no meio político.

Não terei apoio de colegas, mas poderei me refugiar na FORÇA das pessoas que como eu, não aceitam ser usadas nem enganadas por aqueles que deveriam nos representar.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

EXPERIÊNCIA x VONTADE

Não adianta continuar a eleger aqueles que já estão há anos se elegendo.

Se adiantasse, não veríamos tantas coisas erradas, tantas falhas, tantas coisas por fazer.

E são sempre as mesmas coisas erradas, e as mesmas falhas e coisas por fazer.

E assim as velhas promessas se repetem a cada eleição, mas nada ou muito pouco muda.

Experiência é muito bom, mas ela não é garantia de nada. Não garante que as coisas boas e necessárias sejam feitas, nem garante que não seremos enganados.

Por isso, RENOVAÇÃO já!
É o único jeito!
RENOVAÇÃO é a saída possível dessa situação.

Não tenho experiência a oferecer, mas tenho LEALDADE no CORAÇÃO e HONRA no CARÁTER e VONTADE e DEVOÇÃO nos meus atos para ser um EXEMPLO a ser seguido e lembrado.

Essa é a marca que quero deixar e que quero que esse Estado leve para o Brasil todo.

Não é preciso prometer mil coisas, basta agir com HONRA e DEVOÇÃO!

Automaticamente, o que tem que ser feito será feito!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

VAMOS TIRAR ELES DE LÁ... RENOVAÇÃO JÁ!!!

Muitos se sentem impressionados com a palavra experiência. Claro que a palavra tem um sentido positivo, mas falam dela como se fosse garantia de alguma coisa boa, como se isso pudesse gerar atos corretos, atitudes decentes ou personalidade exemplar. E a verdade é que experiência não garante nada!

No nosso país, dizer que um político é experiente deveria até mesmo dar medo no eleitor!
As eleições sempre têm um índice elevado de reeleição para cargos de vereador, deputado e senador, e olhem o que temos.

Não ofereço experiência, mas ofereço minha LEALDADE, que com certeza é maior do que toda a experiência de todos os políticos juntos.

Essa LEALDADE é o que vai me fazer buscar o melhor para o RIO GRANDE, e todos vão notar isso! Não só os pobres, nem só a classe média, nem só os ricos. TODOS nós notaremos, todos os GAÚCHOS, e todo o BRASIL, por que seremos o EXEMPLO, seremos o MODELO!

“Sirvam NOSSAS façanhas de MODELO a toda a Terra”.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O QUE OS GAÚCHOS PODEM ESPERAR DE MIM?

*LEALDADE ao Estado do RIO GRANDE DO SUL.

*Atos exemplares, para HONRAR os votos.

*VONTADE e DEVOÇÃO na busca do MELHOR visando ao BEM do ESTADO para refletir no POVO.

*LUTA contra as várias “farras” do meio político através da criação do CÓDIGO DE DEFESA DO ELEITOR, algo que precisamos urgentemente!

*Manter um “ELO DIRETO” com os GAÚCHOS, no qual poderão enviar IDÉIAS de PROJETOS de lei, ou mesmo projetos prontos, para o BEM da terra que tanto amam.

*Buscar no meio acadêmico “gênios” anônimos e patrociná-los.
Muitos vão para outros países atrás de incentivo.
Isso é um grande desperdício!
A SOLUÇÃO para muitos problemas com CERTEZA está nos próprios GAÚCHOS.

*Incentivos nas Artes, Esportes e Ciências como forma de REINTEGRAÇÃO SOCIAL e de FORMAÇÃO SOCIAL, para que se previnam possíveis desvios.

*Ampliação de disciplinas nas escolas, como: Noções de Direito, Trânsito, Meio Ambiente/Respeito Animal, Artes, Primeiros Socorros, Cidadania, etc.
Tais coisas são importantes para formação desde cedo.

*Criação de um "Selo" de Sustentabilidade para Empresas Ecologicamente corretas. O "Selo" contaria com incentivos para o consumo dos seus produtos e serviços, juntamente com incentivos financeiros para tais Empresas.

*Hospital Animal, para castrações e tratamentos.

*Abrigo Animal (sítios), ou incentivo a quem tem abrigo, para recolher os animais das ruas.

*Proibição do leilão de cavalos recolhidos, sendo os mesmos levados a um dos referidos abrigos para "aposentadoria".

*Elaboração de regras severas para realização de Concursos Públicos, para que não se sucedam as falcatruas e más formulações de provas e outras bagunças, criando mecanismos de defesa caso aconteça e punindo o órgão que permitiu tais coisas.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

CÓDIGO DE DEFESA DO ELEITOR

Propaganda enganosa merece punição, mas por que na política não???

Se uma empresa vai a TV, oferece determinado serviço, e depois se verifica que era propaganda enganosa, tal empresa é processada e tem que pagar indenizações a quem contratou o serviço.

Felizmente, as empresas são obrigadas cada vez mais a falarem a verdade sobre seus serviços e produtos, ou repor ou indenizar os danos que causam por vender uma coisa, dizendo que é outra, dizendo que tal produto faz uma coisa, mas faz outra, ou mesmo induzindo o cliente a pensar que o produto faz algo que ele não faz.

Há multas, há indenizações, há danos à imagem e confiabilidade da empresa.
E há concorrentes trabalhando bem o suficiente para tomar os clientes desapontados e enganados.

Já pensaram como seria bom, se com a política fosse igual?

Que maravilha seria, se as promessas de campanha tivessem que ser cumpridas, sob pena de rescisão de contrato, multas e indenizações.

Se existisse algo parecido com isso, os políticos mentiriam bem menos, e suas promessas seriam bem mais cuidadosas, pois teriam que cumpri-las, ou seriam tirados do cargo, deixando a vaga para o concorrente.

Que maravilha!!!
Não seria preciso esperar mais 4 anos remoendo nosso erro!

Também haveria menos boicotes às propostas um do outro, e se obrigariam a trabalhar em equipe, para o bem da Sociedade e do Estado (como manda a teoria), pois seria uma questão de sobrevivência no cargo que tanto querem...

Teriam que ao invés de boicotar, combinar a ordem em que iriam aprovar as idéias e promessas que cada um fez para se eleger.

Teríamos propostas de verdade, e não promessas vazias!

Poderíamos selecionar os que têm os melhores projetos para Educação, para Saúde, para Segurança, e para cada setor individualmente, já que muitos representantes são escolhidos a cada eleição.

Não cumpriu? Indeniza o cliente... nós... o Estado!
E fica com o “filme queimado”.
E entra o suplente, já sabendo o que lhe espera se agir da mesma forma.

Não seria preciso descobrir e provar imoralidades para nos livrarmos desses políticos...
Bastaria não ser o que nos “venderam” na época das eleições...
Bastaria o fato de nos ludibriarem dizendo tudo que queríamos ouvir, nos iludindo com promessas maravilhosas, e na hora de cumprir, não cumprirem!

Se uma empresa fizesse na TV o que faz um político... ai dela! E olha que o dano causado pela propaganda enganosa do político é imensamente maior do que o dano causado por um produto que não é tudo o que nos fizeram pensar que era.

sábado, 21 de agosto de 2010

SIRVAM NOSSAS FAÇANHAS DE MODELO A TODA A TERRA

Eu não sou de fazer promessas. Nem de puxar o saco de ninguém! Sei que os mais pobres precisam de ajuda, e que a classe média tem muitos problemas, e que os ricos também tem suas reivindicações e queixas. Não vejo na satisfação de nenhum desses grupos a SOLUÇÃO para as coisas. 

Meu COMPROMISSO é lutar com todas as FORÇAS do corpo e da ALMA para o BEM do RIO GRANDE DO SUL. Meu COMPROMISSO se resume em não trair a CONFIANÇA que me for dada! 

Os votos são uma demonstração gigantesca de CONFIANÇA, e representar o ESTADO é uma HONRA extraordinária. Trair isso é algo realmente desprezível! E é por isso que precisamos da RENOVAÇÃO! 

Se aqueles que têm a missão de trabalhar por essa terra, o fizerem visando ao BEM dela, todos os GAÚCHOS sairão GANHANDO. Todos que vivem nesse ESTADO sairão GANHANDO, e com CERTEZA isso vai se refletir no BRASIL todo. 

“Sirvam nossas façanhas de modelo a toda a Terra” diz nosso hino. 

As façanhas de hoje, estão em dar EXEMPLOS!

Acho que nada pode nos dar mais ORGULHO do que isso, sermos o EXEMPLO, sermos o MODELO a ser seguido. Essa é uma HONRA que não tem preço. 

Não tem dinheiro que valha mais do que isso, mas infelizmente, para a maioria, HONRA é bobagem e dinheiro e poder é tudo o que interessa.

Tenho ORGULHO de poder dizer que essas coisas não me seduzem, não são um fim ou um sentido para minha VIDA.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

UM RAIO (VERDE) DE ESPERANÇA

Após muita crise de consciência aqui estou.

A Política sempre me causou indignação e repulsa. Muitas vezes preguei o voto nulo como uma forma de não ser conivente com essa gente e com as coisas que acontecem nesse país.
Votar em alguém é ser de certa forma responsável pelos atos que a pessoa eleita vier a cometer.

Não tenho visto opções melhores do que outras nas eleições, mas sim, uma repetição das mesmas opções, ou simples alternâncias.

Ainda querendo acreditar que essa realidade pode mudar, vejo na Renovação essa possibilidade.

Por exemplo, aqui no Rio Grande do Sul, 33 dos 55 deputados atuais foram reeleitos, e sei que é assim nos outros Estados e também na esfera Federal.
A menos que a Sociedade esteja contente com o que os políticos apresentam a ela, isso não pode se repetir.

Uma Renovação em peso desses políticos é uma das formas de esperarmos por alguma Mudança.

Os mesmos, não farão nada além do que já fazem, e o que fazem, não nos agrada, não é o que esperamos deles. Então, troquemos! Tiremos eles de lá!
Vamos tirar eles de lá! Renovação já!

É preciso mostrar quem manda, e quem manda somos nós, que temos o Poder de escolhê-los.
Temos o Poder de escolher quem entra e quem sai.
Temos o Poder de determinar se permanecerão com a Honra de representar as Pessoas desse Estado, desse País.

Essa Honra de representar o Coletivo, é sempre transformada em privilégio próprio, e isso é um Absurdo! E esse Absurdo se repete há anos!

Se queremos que eles lamentem seus maus atos, que paguem por trair nossa Confiança, tiremos isso deles! Tiremos eles de lá!
Vamos tirar eles de lá! Renovação já!

É uma bela vingança, inteligente, sem o uso de qualquer violência.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

PARTE 2: O MELHOR ADVOGADO

Enquanto isso, no centro da cidade, Alfredo procura Paulo, o advogado...

Alfredo: Dr. Paulo?

Paulo: Sim, bem na hora, sente-se, por favor!

Alfredo: Ouvi dizer que é o melhor advogado da atualidade e que nunca perdeu nenhuma causa. Pena que não tem fama de barateiro!

Paulo: (risos) As pessoas não sabem como funcionam os percentuais e acabam falando essas coisas. Sabem muito menos que cansei de representar gente que estava desamparada e totalmente ignorante acerca de seus direitos, sem ter cobrado nada e tendo gastos.

Alfredo: Preciso que me defenda!

Paulo: O que está acontecendo?

Alfredo: Estou sendo acusado de um crime.

Paulo: Que crime?

Alfredo: Ter matado minha mulher!

Paulo: Sinto muito! Deve ser doloroso. Devo dizer que precisarei fazer perguntas sobre isso. Preciso saber se está em condições emocionais para falar sobre esse assunto de maneira mais aprofundada.

Alfredo: Sim, estou!

Paulo: Tudo bem! Primeiramente: Como e onde ela morreu? Com quem ela esteve e estava, e você onde esteve e estava no momento?

Alfredo: Ela morreu em casa com três tiros. Ela esteve num motel com um colega de trabalho, e eu, evidentemente, estava com ela no momento.

Paulo pára a anotação, tira os óculos, passa a mão nos cabelos, e olha para seu pretenso cliente...

Paulo: Está me dizendo que matou sua mulher?

Alfredo: Sim, por justa causa como pode ver.

Paulo: Sr. Alfredo! Lamento, mas não posso ajudá-lo. Deve procurar um defensor público, que é quem tem o dever de representá-lo nesses casos.

Alfredo: Mas ele não tem motivos para me defender!

Paulo: Tem sim! Aliás, somente ele tem. Estou certo de que fará tudo para que seu julgamento seja justo.

Alfredo: Não acredito num julgamento justo nem em um defensor que fará o que é obrigado simplesmente. Verão a mim como mero assassino e me condenarão à pena máxima como sempre acontece. Quero alguém que mostre que agi com motivos justificáveis... ainda que o ato tenha sido errado. Estou disposto a pagar muito bem por minha defesa.

Paulo: Lamento Sr. Alfredo! Mas nem eu e nem ninguém que eu conheça aceitará seu caso não importa o quanto esteja disposto a pagar. Meu conselho, é que confie em seu defensor público e no juiz, que só está nesse posto por ter, com muita dificuldade, provado conhecimentos e virtudes de merecimento. E sabe que muitos se preparam anos, estudam, tentam, mas não conseguem.
O juiz é alguém que têm uma preparação e bagagem de vida invejável, conhecimento da natureza humana nas suas diversas origens, vivência psicológico-social e antropológica da realidade, dos submundos e faces diversas da sociedade.
E não só isso, ainda possui um senso de justiça e sabedoria únicos, razão pela qual muitos teoricamente preparados não conseguem atingir esse posto, é a falta desses raros e incríveis dons, já que as demais habilidades, qualquer um que tenha o devido suporte e preparação atinge. Estou dizendo isso, para que acredite que seu julgamento será justo independentemente de quem o defenda. Além disso, o defensor é alguém bem melhor preparado do que eu para um caso como o seu.
Terá um julgamento justo com toda a certeza, o que não quer dizer se livrar de qualquer tipo de punição ou forma de reparação ao seu ato, coisa que, ao meu ver, você mesmo deveria desejar.

Alfredo: Agora entendo por que jamais perdeu uma causa! Não aceita desafios! Vai apenas em causas ganhas e fáceis de vencer! Na minha profissão você morreria de fome!

Paulo: Não estou interessado no que chama de desafio. Nem estou interessado em ganhar causas apenas por ganhar, por dinheiro, ou para aumentar a fama do meu nome. Cada vez que eu assim fizesse, estaria ganhando um direito inexistente a alguém, o que pode não parecer tão ruim se a conseqüência disso não fosse que alguém, com um direito verdadeiro, estaria sendo lesado. Meu interesse é em desempenhar meu trabalho de maneira que as coisas aconteçam de forma justa. Trabalho para que direitos sejam conseguidos ou reconhecidos, e deveres e obrigações cumpridas. Não me preocupa o que pensa sobre minhas habilidades, nem penso em testá-la em algo que não seja o certo apenas para ver se consigo fazer com que o que é errado seja visto como certo aos olhos de um juiz, de um júri ou de quem quer que seja.
Não me preparei anos para provar falsamente que azul é vermelho, ou que vermelho é azul. Mas sim, para fazer valer a condição muitas vezes negada de azul do azul, e de vermelho do vermelho.

Alfredo: Após eu ser absolvido, direi a todos que recusou me defender.

Paulo: Ficarei feliz se fizer isso! Agora, preciso que me dê licença.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

PARTE 1: O MENINO QUE QUERIA SER POLÍTICO

Em sua casa, João, o médico, conversa com seu filho, Miguel...

Miguel: Um dia eu ainda vou ser um grande político!

João: Ah, garoto! Se soubesse o quanto é dura a vida de um político, não estaria dizendo isso.

Miguel: Eu sei, mas eu quero.

João: Você só pensa que sabe! Olha, você não iria gostar um dia de ter uma casa, um carro, uma família para te amar e ser amado?

Miguel: Claro, né?!

João: Então! Você não sabe que quem se dedica à vida pública, principalmente aos altos cargos dos Poderes, raramente consegue isso, pois a vida pública requer dedicação integral? Todo seu tempo, seu trabalho, seu esforço, sua atenção... sua vida já não lhe pertence mais. Os poucos que têm família muitas vezes ficam semanas e meses sem poder tocar nas suas esposas ou filhos, pois se torna caro demais, mesmo para o bom salário deles, ficar viajando ou pagando viagens o tempo todo.
É muito nobre, admiro as pessoas que tem esse desprendimento e se dedicam a uma vida tão sacrificante.
Mas temo que no final das contas a pessoa possa se sentir vazia, solitária, sobrecarregada por não ter levado uma vida normal, uma vida para si mesma.
Só as pessoas mais virtuosas são capazes de tamanho sacrifício. É um dom maravilhoso e raro! Mas não queria ficar semanas e meses sem poder falar com você quando estivesse exercendo algum mandato.

Miguel fica com uma cara de chateado...

Miguel: Eu quero demonstrar meu amor à pátria e às pessoas... esse é melhor jeito.

João: Mas pode fazer isso de tantas formas! Mesmo ao juntar um plástico do chão, ao atender bem seus compatriotas, ao prestar bom serviço em qualquer profissão que seja.
Demonstro meu amor à pátria e ao mundo curando ou ao menos tentando curar as pessoas. Já salvei muitas vidas que estavam condenadas. Faço isso de todo meu coração tanto para os ricos que vão à clínica, como aos pobres do meu atendimento pelo SUS ou mesmo voluntário. Mas tudo isso, não impede de eu ter uma vida normal, com tempo para você, sua irmã, sua mãe, meus esportes, e os amigos de vez em quando. É corrido, mas conciliável com certa organização. No caso de um deputado, um prefeito, e até mesmo de um juiz, isso fica bem mais difícil.

Miguel: Mas eu não queria ser médico. Queria usar terno e não um jaleco branco. Não quero ver sangue nem dar injeção em ninguém...

João: (risos) Não fique triste. Desculpe! Acho que não devo interferir nos seus sonhos. Vou ficar triste de não ter meu filho por perto para abraçar, e mais triste se não me der netos, mas com certeza, serei o pai mais orgulhoso do mundo se for uma dessas honradas pessoas que vivem para sua sociedade e não para si mesmas.